O Banco do Nordeste (BNB) lucrou R$ 305,7 milhões em 2015, queda de 59,1% em relação a 2014. Essa redução deve-se, entre outros motivos, ao crescimento das provisões com créditos de liquidação duvidosa (as chamadas PDD) que foi de 135,6% no período. O retorno sobre o patrimônio líquido médio do banco (ROE) foi de 10,3% (queda de 12,9 p.p. em doze meses).
Os ativos do BNB cresceram 8,4%, chegando a R$ 41,4 bilhões, enquanto o capital próprio (patrimônio líquido) atingiu R$ 2,84 bilhões (queda de 15,6%). A Carteira de Crédito, considerando-se a carteira do FNE (Fundo do Nordeste), que é administrada pelo banco, atingiu a cifra de R$ 62,4 bilhões, com crescimento de 6,0%, em relação a dezembro de 2014. As taxas de inadimplência se mantiveram baixas (1,22% para atrasos superiores a 90 dias), com ligeira alta de 0,38%. Ou seja, nem o crescimento da carteira e, menos ainda, as taxas de inadimplência justificam tamanho crescimento das despesas de PDD.
O crescimento do resultado com Títulos e Valores Mobiliários foi de 32,6%, sendo diretamente influenciado pelos sucessivos aumentos na taxa Selic, assim como pelos aumentos nos índices de preços. A elevação na taxa Selic, por outro lado, também impactou negativamente o resultado do banco, pois, as despesas de captação do mercado cresceram 60,2%.
Com crescimento de 10,3% em doze meses, as receitas de prestação de serviços e rendas de tarifas bancárias totalizaram R$ 2,1 bilhão. Já as despesas de pessoal cresceram, apenas, 1,9%, chegando a R$ 1,4 bilhão. Esses resultados impactaram na redução da relação entre ambas e a cobertura das despesas de pessoal por essas receitas secundárias do banco ficou em 147,36%.
Confira, na íntegra, a edição digital de março/2024 - edição extra do JB
© SEEB-MA. Sindicato dos Bancários do Maranhão. Gestão Trabalho, Resistência e Luta: por nenhum direito a menos!