O governo Temer sofreu a primeira derrota na tramitação da Reforma Trabalhista no Senado nesta terça-feira (20/06). O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB), que é favorável ao texto original do governo, foi rejeitado na CAS (Comissão de Assuntos Sociais), com um placar de 10 votos contrários e 9 favoráveis.
A comissão aprovou, de forma simbólica, um texto alternativo do senador Paulo Paim (PT), que rejeita a reforma trabalhista na íntegra.
A rejeição do relatório de Ricardo Ferraço é um revés para Temer, que contava avançar na tramitação da medida sem obstáculos. Contudo, a proposta de Reforma Trabalhista seguirá para leitura e votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e depois irá à votação no Plenário.
Luta deve continuar
A rejeição da Reforma Trabalhista na CAS é uma boa notícia para a luta contra as reformas e ocorreu no mesmo dia em que o movimento sindical promoveu em todo o país o “Esquenta pra Greve Geral de 30 de junho”.
Sem dúvida, foi um revés para o governo, mas os trabalhadores não podem apostar suas fichas no Congresso, em acordos ou medidas provisórias, pois sabemos como funcionam as negociatas naquele antro de picaretas.
Agora, a tarefa do movimento sindical é fortalecer a construção da Greve Geral no dia 30 de junho, para que seja uma paralisação ainda maior que a realizada em abril e para que possamos enterrar de vez as reformas que ameaçam nossos direitos.
Confira, na íntegra, a edição digital de março/2024 - edição extra do JB
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