Um estudo da ONG britânica Oxfam mostra como o Brasil é desigual e injusto. Apenas seis homens detêm a maior parte da riqueza do país. Juntos, têm mais fortuna do que os 100 milhões mais pobres, ou seja, metade da população que, de acordo com o IBGE, é de 207,7 milhões.
Jorge Paulo Lemann (AB Inbev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hermmann Telles (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Ermirio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim) têm, juntos, uma fortuna de US$ 88,8 bilhões ou R$ 277 bilhões.
Para se ter ideia, se os seis bilionários gastassem R$ 1 milhão por dia levariam 36 anos para acabar com a fortuna. Enquanto isso, cerca de 23% dos brasileiros, segundo o relatório, têm de rebolar para viver com um salário mínimo de R$ 937,00. Sem falar os milhares de trabalhadores submetidos a remuneração ainda menores.
A Oxfam faz ainda uma análise da desigualdade de gênero e raça. As mulheres só terão o mesmo salário que os homens em 2047. Para os negros, a discriminação é ainda mais penosa. A remuneração deles só será equiparada a dos brancos em 2089.
Segundo o estudo, até 2014, o Brasil avançou muito, graças aos programas de inclusão social, como o Bolsa Família. Mas, ainda está muito longe de reduzir as desigualdades de séculos, sobretudo porque não tem como política prioritária.
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