A baixa inflação de 2,95% em 2017, a menor alta anual desde 1998, não significa absolutamente nada. O motivo do patamar rebaixado é um sintoma da crise instalada no Brasil. Até porque, os preços da energia, dos combustíveis e do gás de cozinha não param de aumentar.
Segundo pesquisa do Banco Central, o PIB brasileiro vai ter um crescimento da ordem de 2,69%, com uma inflação de 3,95%. Por mais que o país volte a crescer, os indicadores mostram que os ricos continuarão ganhando mais dinheiro e os pobres cada vez mais carentes.
Diante das medidas neoliberais e da crise, o pobre voltou a passar fome. A Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada em dezembro, revela um aumento expressivo no número de pessoas vivendo na extrema pobreza no Brasil.
O país encerrou 2016 com 24,8 milhões de cidadãos, 12,1% da população, vivendo com menos de um quarto do salário mínimo, equivalente a R$ 220,00. O resultado representa um aumento de 50% em dois anos e colocou o Brasil de novo no Mapa da Fome.
Os números só mostram o quanto o país retrocedeu a partir do golpe de 2016. Os dados oficiais indicam uma queda de 83% em políticas voltadas a área social nos últimos três anos. Além disso, o desemprego assombra a população. Hoje, são 12,6 milhões de desempregados.
Os dados do Pnad Contínua, divulgado pelo IBGE, retratam um país pobre, no qual o emprego formal desaparece, porém a pobreza e a desigualdade avançam.
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