Para viver no Brasil, é preciso se rebolar. Com o custo de vida elevado e o achatamento da renda familiar, o brasileiro está recorrendo mais ao cheque especial - aquele dinheiro que está na conta, mas não pertence ao correntista. Pior, não consegue um alívio para sair da bola de neve e desconhece as taxas abusivas cobradas pelos bancos.
Pesquisa do SPC Brasil e da CNDL (Confederação de Dirigentes Lojistas) mostra que 46% das pessoas têm o hábito de usar o limite do cheque especial todos os meses. Outros 20% a cada dois ou três meses.
Ninguém está livre das consequências da crise institucional e da política de austeridade imposta pelo governo Temer e os dados comprovam. As classes A e B foram as que mais recorreram à modalidade no período de 12 meses. Representam 29% do total.
Segundo a pesquisa, o dinheiro é utilizado para cobrir gastos não planejados, como medicamentos com doenças, e ainda quitar dívidas atrasadas ou fazer manutenção do veículo.
Sobre as taxas abusivas cobradas pelos bancos para quem usa o limite do cheque especial, a maioria (63%) desconhece. A modalidade é a que mais pesa no bolso de quem recorre ao empréstimo, absurdos 311,9% ao ano. Portanto, é bom fugir, pois sair da bola de neve não é nada fácil.
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