Não está fácil manter as contas em dia. Fruto da crise econômica que assola o país, que tem gerado desemprego e fechado portas de empresas, a inadimplência já afeta 3,04% do crédito, ou em termos absolutos R$ 96,6 bilhões de um saldo total de R$ 3,168 trilhões.
Os dados são do Banco Central, que revelam que dívida com bancos, operadores de cartão de crédito, financeiras e leasing atingem metade (52%) dos brasileiros com “nome sujo” no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Ainda segundo o BC, a inadimplência é considerada quando há dívidas em atraso há mais de 90 dias.
A pesquisa não diferencia as contas em vermelho de empresas e pessoas físicas, porém a maior parte do montante da inadimplência é devida aos bancos públicos (46,27%). Em segundo lugar, débitos com instituições privadas de capital nacional (41,28%). Em terceira colocação, instituições de capital estrangeiro (12,45%).
Para pessoas físicas, a maioria dos casos de endividamento se dá por conta do crédito rotativo, junto com o cheque especial. De acordo com monitoramento do BC, R$ 2,00 de cada R$ 5,00 do saldo inadimplente são das duas modalidades.
Além do cartão e do cheque especial, 13,5% são de crédito pessoal; 12,9% de crédito consignado; 11% de financiamento habitacional e 9,8% de aquisição de carros – um terço do restante inadimplente é formado por diferentes tipos de créditos e financiamentos.
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