Apesar de um volume maior de receitas de operações de crédito e de serviços, pesou sobre o lucro do HSBC Brasil no primeiro semestre o aumento das despesas de intermediação financeira. O resultado operacional do banco foi negativo em R$ 169,6 milhões e o banco encerrou o semestre com lucro por conta de um efeito de impostos diferidos, no valor de R$ 413,4 milhões.
Dessa maneira, o lucro líquido semestral da instituição no Brasil somou R$ 31,8 milhões, ante prejuízo de R$ 16,3 milhões em igual período do ano passado.
Mesmo com o aumento das receitas de crédito, o resultado bruto da intermediação financeira encerrou o semestre em R$ 1,484 bilhão, 35% menor que o reportado em igual período do ano passado por conta de um aumento das despesas.
As despesas de captação no mercado, por exemplo, cresceram 24% e atingiram R$ 5,258 bilhões, enquanto as despesas de provisão para crédito de liquidação duvidosa quase dobraram no período e somaram R$ 2,229 bilhões.
O volume de despesas acabou por ofuscar o crescimento das receitas com operações de crédito, que foram de R$ 5,573 bilhões, com expansão de 17,1%.
A carteira de crédito da instituição atingiu R$ 68,4 bilhões, com crescimento de 6,8%. O índice de inadimplência do conglomerado atingiu 5,1% ao fim do segundo semestre, ante 4,1% um ano antes.
A operação brasileira do HSBC foi comprada pelo Bradesco por US$ 5,2 bilhões no início de agosto. O HSBC encerrou o semestre com R$ 178,050 bilhões em ativos, o que levaria o Bradesco a se aproximar mais do seu rival Itaú Unibanco. Com a soma das operações, o Bradesco ficaria com R$ 1,208 trilhão em ativos, enquanto o Itaú terminou o semestre com R$ 1,231 trilhão.
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