Apesar de lucrar bilhões, o Bradesco segue demitindo, fechando agências e adoecendo seus funcionários.
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O Bradesco completa 81 anos de fundação neste domingo (10/03). Atualmente, é o segundo banco em número de clientes, com 104 milhões, além de ser uma das empresas que possuem maior alcance e atuação em solo brasileiro. Em 2023, o Bradesco obteve mais um faturamento bilionário, desta vez, superior a R$ 16 bilhões.
Apesar do calote que sofreu das Lojas Americanas, o banco – amparado pela lei e para não ficar no prejuízo – deixou de pagar uma fortuna em impostos para a União, uma espécie de “anistia” do Governo Federal, que gerou a perda de investimentos em serviços essenciais para a população, como educação, saúde, segurança, entre outros.
Enquanto a legislação brasileira protegeu o lucro do banco, este não poupou seus empregados. No ano passado, o Bradesco demitiu mais de 2.159 bancários e fechou mais de 1.600 agências no país. No Maranhão, não é diferente. O banco continua a demitir em massa e a fechar unidades, como as dos shoppings Rio Anil e São Luís.
Nos locais de trabalho, como se não bastasse a ameaça constante de demissões, os bancários sofrem com a pressão abusiva por metas, o assédio, a sobrecarga e o adoecimento, além da falta de segurança. Para se ter ideia, o Bradesco é o único banco que ainda mantém agências sem portas giratórias com detectores de metal no Estado.
Os clientes também padecem com a exploração do banco. Além de enfrentarem agências superlotadas, atendimento precário, falta de numerário nos caixas eletrônicos e ausência de segurança, os usuários do banco ainda pagam tarifas exorbitantes, que – sozinhas – seriam capazes de cobrir toda a folha de pagamento da instituição.
“É uma contradição. Um banco que lucra bilhões, mas demite e adoece seus funcionários, explora a população, fecha agências, não proporciona segurança e ainda obtém auxílio do governo, dos impostos pagos pelos próprios cidadãos, para não ficar no prejuízo. Realmente, não há nada a comemorar” – criticou o diretor Cláudio Costa.
Para o diretor Edvaldo Castro, graças à atuação do SEEB-MA, muitos abusos do Bradesco têm sido combatidos no Maranhão. “Temos conseguido, por meio de uma parceria com as Câmaras Municipais, que o banco instale portas giratórias em muitas agências do Estado, garantindo, assim, segurança a todos os usuários – informou.
Já o diretor Cássio Valdenor ressaltou a atuação do Sindicato na reintegração de bancários demitidos pelo Bradesco. “Nosso jurídico tem obtido grandes vitórias contra esse banco, que adoece seus trabalhadores e depois os demite. Infelizmente, esse tem sido o presente de grego dessa empresa aos responsáveis por seu lucro” – reclamou.
Para o SEEB-MA, o Bradesco, embora seja um banco privado, precisa rever sua política de gestão. No Brasil, é livre a iniciativa, mas o valor social do trabalho e o direito do consumidor são fundamentos que precisam ser observados. No ano em que completa 81 anos de existência, o Bradesco deveria valorizar seus clientes e empregados.
“Contudo, sabemos que dificilmente esse quadro mudará por iniciativa do banco. Nesse sentido, o Sindicato não medirá esforços para lutar por atendimento digno para a população e, sobretudo, por emprego, por segurança e por nenhum direito a menos para os bancários. Em caso de abusos, denuncie” – finalizou Cássio Valdenor.
Parabéns, bancários e bancárias do Bradesco por sua força e resiliência.
Contem com o SEEB-MA na defesa intransigente dos seus interesses.
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