Dessa vez o Bradesco se superou. O desejo de furar a greve dos bancários é tão grande que o banco foi capaz de colocar em risco a integridade física de empregados e clientes.
Nesta segunda-feira (30), cerca de 500 pessoas se amontoavam para ser atendidas na agência da Avenida Magalhães de Almeida, no Centro de São Luís.
A unidade - uma das poucas que não aderiram ao movimento paredista – abriu às 10h e pouco depois teve que ser fechada por 30 minutos sob a ameaça de tumulto.
Segundo informações, o atendimento estava sendo feito na forma de rodízio e com auxílio de policiais militares. Quando um cliente saía, outro entrava. O método utilizado provocou uma fila quilométrica na porta do banco.
Testemunhas afirmam que o atendimento se estendeu até as 20h. Bancários reclamam da pressão, da sobrecarga e da extrapolação do horário de trabalho. Para se ter uma ideia, alguns trabalhadores deixaram o banco à 1h da madrugada.
A participação de PMs no episódio é lamentável, pois a obrigação de oferecer segurança aos clientes é do banco.
Enquanto os policiais poderiam estar em outros pontos da cidade combatendo a criminalidade, tiveram que ser deslocados para evitar confusões na agência.
Já os clientes protestaram contra as péssimas condições de atendimento e do calor que imperava no local, graças a teimosia da direção do banco em abrir a agência em período de greve.
O Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA) repudia a postura irresponsável do Bradesco e avisa que tomará todas as medidas cabíveis para por fim à exploração desses bancários, obrigados a trabalhar sob ameaça em tais condições insalubres.
O SEEB-MA faz ainda um alerta aos gerentes dos bancos privados para o risco de abrir as agências. Se o Bradesco da Avenida Magalhães de Almeida, com toda a estrutura que possui, não foi capaz de atender a demanda de clientes, imaginem o perigo para os bancários e clientes, caso sejam abertas as unidades menores.
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